Santos Lança Plano de Reconstrução Emergencial Após Danos na Orla
A Prefeitura de Santos, no litoral paulista, deu início aos trabalhos de reconstrução do calçadão que margeia a faixa de areia, gravemente danificado pela ressaca intensa registrada em 29 de julho. As obras estão concentradas em frente à Avenida Bartolomeu de Gusmão, abrangendo os trechos das praias do Embaré e Aparecida. O projeto emergencial conta com um investimento de R$ 2,6 milhões, provenientes do orçamento municipal.
O Impacto Devastador da Ressaca de Julho
O violento fenômeno climático de julho causou danos significativos na infraestrutura costeira, afetando não apenas o piso do passeio, mas também as muretas de proteção e os bancos da região. A empreiteira Sabino, responsável pela execução da obra sob regime emergencial, iniciou as atividades na terça-feira (21), instalando contêineres e deslocando o maquinário necessário para a área próxima ao canal 5. Segundo a administração municipal, a previsão é que os trabalhos estejam concluídos no primeiro semestre de 2026.
Obras de Recuperação Visam Maior Estabilidade Contra a Ação do Mar
O projeto de reconstrução tem como principal objetivo fortalecer a estrutura do calçadão, conferindo-lhe maior resistência e estabilidade. A meta é prevenir deformações, deslocamentos e afundamentos futuros, que são comumente provocados pela ação contínua do mar, pela umidade e pelo tráfego de pedestres.
Etapas Detalhadas do Projeto de Reconstrução
As etapas do projeto de recuperação são abrangentes e incluem:
- Limpeza mecanizada da área afetada;
- Remoção do piso em mosaico e desmontagem das lajotas de concreto danificadas;
- Reassentamento e recuperação das pedras de granito do calçadão;
- Recomposição das muretas de proteção;
- Recuperação das caixas de passagem em concreto pré-moldado que servem às torres de iluminação;
- Proteção de cabos subterrâneos com envelopamento de concreto para os dutos;
- Recomposição da área ajardinada com terra vegetal e plantio de grama;
- Restauração dos quatro bancos atingidos.
De acordo com a prefeitura, o segmento entre as ruas Osvaldo Cochrane e Alexandre Martins foi o que sofreu os maiores estragos. As ondas da ressaca atingiram alturas impressionantes, ultrapassando os três metros e chegando a um pico de 3,98 metros no final da tarde do dia 29 de julho.
Vulnerabilidade e a Necessidade Urgente da Intervenção
O secretário de Infraestrutura e Serviços Públicos, Fabrício Cardoso, enfatizou a gravidade da situação: “Os danos deixaram a infraestrutura em condições de vulnerabilidade, com risco de agravamento da situação em caso de novas ressacas de violência semelhante”.
Laudos Técnicos e Prevenção de Acidentes
Além das vistorias detalhadas realizadas pelos engenheiros da pasta, um relatório emitido pela Defesa Civil reforçou a urgência da recuperação dessas estruturas. A intervenção é crucial para evitar que futuros eventos climáticos agravem o quadro de destruição e aumentem os riscos de acidentes para os cidadãos, além de preservar o patrimônio público. É importante lembrar que, em 29 de junho, e novamente na manhã do dia 30, a orla já havia sido interditada devido a ondas que se aproximaram dos quatro metros, causando grandes estragos e alagamentos.
Conclusão:
A reconstrução do calçadão em Santos, com conclusão prevista para 2026, é uma resposta necessária e urgente aos estragos causados pelas ressacas. O investimento de R$ 2,6 milhões visa não apenas reparar os danos visíveis, mas também fortalecer a infraestrutura costeira contra a força do mar, garantindo maior segurança aos frequentadores e preservando o patrimônio público, conforme apontado pelos laudos técnicos e o alerta da Defesa Civil.
Com Informações do site: G1
